Em novembro de 2021 enviei aos presidentes de câmara de
Lisboa e de Loures uma nota sobre a segurança em eventos baseada na portaria
135/2020 . Chamava ainda a atenção para o prejuízo económico devido à
eliminação do terminal (não depósito) de contentores da Bobadela e à hipótese,
embora remota, dos terrenos da foz do Trancão servirem para a amarração da terceira
travessia do Tejo (ponte ou túnel). Sugeri que fosse escolhido outro local para
a realização das JMJ.
Na sequencia das mensagens fui recebido por assessores do
presidente de Loures que educadamente me informaram que as decisões estavam tomadas e eram irreversíveis. Da parte de Lisboa não
me julgaram digno de entrevista.
Se tiver oportunidade, poderá ver a minha argumentação em
https://fcsseratostenes.blogspot.com/2021/11/jornadas-mundiais-da-juventude-mensagem.html
Não tendo já qualquer esperança de ser ouvido pelos
decisores, apenas enviei à sua colega Cristiana Moreira um comentário sobre a
aparente relação entre o palco-altar e o zigurate de UR ( https://fcsseratostenes.blogspot.com/2023/01/jornadas-mundiais-de-juventude-27-de.html
).
O título do seu artigo porém levou-me a enviar-lhe esta
mensagem, porque a ponte militar não serviria apenas para o papamóvel passar, o
que teria a vantagem de ajudar a conter participantes no lado de Loures.
Segundo a portaria referida, por cada 300 pessoas num evento deverá ser deixada
livre para evacuação de emergência uma unidade de passagem (60cm). Ora,
estimando 5 metros para a largura da ponte pedonal em construção e adicionando 7 metros para a ponte militar, teríamos 12:0,6 = 20 UP que podem escoar 20x300 = 6000
pessoas. Isto é, se houver uma emergência num dos lados do terreno, os canais
de evacuação são limitados. Eliminando a ponte ,militar, mais inseguro fica o
evento. Igualmente construir uma vedação para evitar o acesso ao rio é perigoso
(risco de esmagamento em caso de emergência).
Em resumo, o que eu venho sugerir-lhe, admitindo que de
momento não haja interesse em tratar do assunto da deslocalização do terminal
de Bobadela nem da hipótese de ligação à TTT, é que dê publicidade à
necessidade de serem conhecidos os planos de evacuação (não me refiro aos
planos de segurança pessoal contra atentados) conforme a portaria 135/2020.
Com os melhores cumprimentos e votos de saúde
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